sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Finalmente chegou o grande o dia pelo qual os milhões de fãs das histórias de John Ronald Reuel Tolkien estavam esperando. Após longos anos de espera e muitas complicações na produção do filme (com direito a falência da MGM, acordos jurídicos pelos direitos de filmagem e troca de diretores), eis que a primeira parte de O Hobbit chega aos cinemas hoje, 14 de dezembro. E como é bom voltar à Terra-Média! O Blog Serinema já assistiu ao filme e conta, sem spoilers, mais detalhes logo abaixo:



















Ambientado 60 anos antes dos eventos ocorridos em O Senhor dos Anéis, a história de O Hobbit conta como Bilbo, Gandalf e mais treze anões partiram em busca da retomada da cidade de Erebor, antigo reino dos anões, perdida em batalha para o perigoso dragão Smaug, que agora domina a cidade. Como as comparações entre O Hobbit e O Senhor dos Anéis são inevitáveis, é importante esclarecer alguns pontos: em primeiro lugar, O Hobbit é um livro infanto-juvenil, que Tolkien escreveu para seus filhos, anos antes de sequer pensar em continuar a história. Devido ao sucesso do livro e à pressão de todos os fãs por novas aventuras, o autor desenvolveu  e expandiu todo o seu universo já criado, e aí sim surgiram as três partes de O Senhor dos Anéis. Como foi dito anteriormente, O Hobbit é um livro infanto-juvenil, curto, sem muito aprofundamento nos personagens e mais leve e divertido. Por isso, não vá ao cinema esperando assistir a um filme no mesmo tom de O Senhor dos Anéis: a adaptação cinematográfica de O Hobbit também é mais leve, divertida e menos sombria, e até mais séria que o livro. Prova disso é o grande propósito da história: enquanto no livro Gandalf e cia. saem do Condado em busca de tesouros e vingança, no filme o foco é muito maior na reconquista do reino perdido dos anões e de sua antiga moradia. Existem cenas de cantoria e puro entretenimentos visual durante o longa que vão agradar muito aos leitores do livro.


A fidelidade ao livro, por sinal, foi mais uma vez por carinhosamente respeitada pelo diretor Peter Jackson e sua equipe de roteiristas. A chegada de Gandalf ao Condado com seu "Bom dia!", o problema com os trolls, o memorável jogo de adivinhas entre Bilbo e Sméagol e muitos outras partes foram perfeitamente adaptadas ao cinema, e isso é muito raro de se ver. É claro que algumas situações foram modificadas, como as aparições de Radagast, do Necromante e do orc Azog, que pouco são mencionados no livro, mas tais mudanças somente dão um maior propósito ao filme e o deixam mais coerente. 


Com a divisão do livro em três filmes, é claro que Peter Jackson explora com mais calma os personagens e o universo de Tolkien. Apesar de fãs mais fervorosos, como eu, aprovarem tudo o que aparece em cena e nem sentir o tempo passar, é compreensível que alguns reclamem do filme se arrastar em algumas partes. Talvez o maior ponto negativo do longa seja sua longa duração (2h40), visto que algumas cenas poderiam ser mais "enxugadas", ou colocadas na versão estendida do filme que sairá no ano que vem. 


Já as atuações são um show a parte. Martin Freeman nasceu para interpretar Bilbo Bolseiro e está perfeito na pele do hobbit. Seus trejeitos, sua aparência e até o modo de andar, tudo é exatamente como qualquer um que leu o livro o imaginou. Ian McKellen também se diverte novamente no papel de Gandalf, O Cinzento, e Richard Armitage também está ótimo e constrói uma imagem determinada e forte de Thorin. Isto sem falar na emoção que eu e muitos outros certamente sentimos ao ver Elijah Wood como Frodo, Ian Holm como o velhor Bilbo e Hugo Weaving como Elrond, exatamente como estavam há mais de 10 anos, na época de O Senhor dos Anéis. Mas quem rouba a cena, novamente, é Gollum. A melhor criatura já criada por computação gráfica atinge níveis inimagináveis de realidade e é digitalmente perfeito. Andy Serkis mais uma vez fez um trabalho sensacional interpretando seus movimentos: mais enlouquecido e divertido, Sméagol protagoniza uma das melhores cenas do filme quando "brinca" com Bilbo. 


E já que estamos falando de Sméagol, é seguro afirmar que O Hobbit, como era esperado, é tecnicamente  revolucionário. Para quem não sabe, o cinema atual é todo filmado em 24 quadros por segundo, ou seja, 24 "fotos", que passadas diante de nossos olhos durante um segundo, formam uma imagem que parece estar em movimento. Acontece que O Hobbit, pela primeira vez na história, foi filmado em 48 fps, o dobro de quadros por segundo que o olho humano está acostumado, o que garante uma imagem muito mais próxima da realidade. Alguns críticos reprovaram o uso da nova técnica, afirmando que o olho humano não se acostuma a tal movimentação e que a imagem parecia rápida demais, enquanto outros aprovaram a inovação e disseram-se encantados com a tecnologia. A Warner, com medo de um marketing negativo, resolveu exibir o novo formato somente em algumas salas ao redor do mundo, e felizmente algumas delas estão aqui no Brasil, como no UCI NYCC e no Cinemark Downtown. Assisti ao filme no formato inovador e posso afirmar, sem sombra de dúvida, que o visual do filme é inacreditável e que temos aqui o melhor 3D desde Avatar. É verdade que há um estranhamento inicial durante os primeiros minutos, mas o que vem depois é fantástico: a impressão é de se estar olhando para uma janela ao invés de uma tela, tão realista que é a imagem. A fotografia do filme, a direção de arte e os efeitos visuais fazem da Terra-Média um lugar que beira a realidade, e cada detalhe, cada folha ou inseto parece saltar da tela do cinema. Por fim, a trilha sonora de Howard Shore mais uma vez encanta com as já conhecidas melodias e os novos temas.   


Voltar ao universo da Terra-Média é como voltar para casa depois de um longo tempo e reencontrar os amigos. Foram anos torcendo pela estreia do filme, e assistir tudo o que esperávamos se tornar realidade de uma maneira tão bela é emocionante. O Hobbit é um filme que todos os fãs que gostaram de O Senhor dos Anéis irão amar, e todos os que não gostaram irão odiar mais ainda. Com personagens carismáticos, um roteiro bem adaptado e a parte técnica que dispensa comentários, Uma Jornada Inesperada inicia a nova trilogia de Peter Jackson de forma excelente. A segunda parte, chamada A Desolação de Smaug, estreia em dezembro de 2013. Até lá! 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Fall Season 2012

Vai começar a melhor época do ano para os fãs das séries americanas. O período chamado de Fall Season, ou temporada de outono, em setembro, marca a estreia de muitas novas séries e o retorno das já veteranas, que ganham novas temporadas. Assim como no primeiro post do blog, o Blog Serinema destaca as principais novidades e os retornos mais aguardados da Fall Season 2012.
















Sem sombra de dúvidas, quem mais chama a atenção este ano é a NBC, canal conhecido por suas ótimas comédias e fracas audiências. Dentre suas principais estreias de 2012, temos Chicago Fire, com o ''Dr. Chase'', de House; Go On, a nova comédia de Matthew Perry, o Chandler de Friends; Hannibal, série sobre o famoso serial-killer; The New Normal, nova comédia de Ryan Murphy, criador de Glee e American Horror Story; e, por fim, a principal estreia, Revolution, a nova aposta (mais uma!) de JJ Abrams, criador de Lost. Os retornos aguardados ficam por conta da quarta temporada de Community e as últimas de The Office e da excelente 30 Rock. Smash, umas das melhores estreias do ano passado, retorna somente em 2013.



E enquanto a NBC apresenta tantas novidades, a ABC retorna para a Fall Season apostando em suas séries já conhecidas e aclamadas: Modern Family, Castle, Suburgatory, Once Upon a Time, Revenge, The Middle e Grey's Anatomy (em sua provável última temporada). As principais novas séries são: 666 Park Avenue, drama sobrenatural com o vencedor do Emmy Terry O'Quinn, o Locke de Lost e The Neighbors, uma ousada sitcom alienígena.


A Fox, que se deu mal na última temporada com os fracassos de Alcatraz e Terra Nova, retorna sem muitas novidades:  o drama The Mob Doctor e as promissoras comédias The Mindy Project e Ben & Kate são as principais estreias. Enquanto isso, Glee, Bones, TouchNew Girl, Family Guy, Raising Hope, Os Simpsons e Fringe, que se despede, voltam com episódios inéditos.   



How I Met Your Mother e Two and a Half Men retornam para suas prováveis últimas temporadas na CBS, que ainda volta com Mike & Molly, 2 Broke Girls, Hawaii 5-O, The Mentalist, The Big Bang Theory, entre outras, para novos episódios. Vegas, épica com Dennis Quaid, e Elementary, cópia da série Sherlock da BBC são as maiores novas atrações.



Por último, a CW, emissora voltada para o público mais jovem estreia a aguardada Arrow, série que contará a história do Arqueiro Verde, famoso herói da DC Comics. Hart Of Dixie, Supernatural, The Vampire Diaries, Nikita e Gossip Girl, que dá adeus, retornam.



Os canais por assinatura da TV americana também voltam com algumas séries: a Showtime traz a segunda temporada de Homeland e a penúltima de Dexter, em 30 de setembro, enquanto a AMC volta com a terceira de The Walking Dead em 14 de outubro. 



Para já entrar no clima, confira abaixo os melhores trailers das novas séries e o calendário com a data da exibição de todas as outras. E boa Fall Season!


Arrow:




Ben & Kate:




Elementary:





01/09 - Doctor Who - BBC

03/09 - Switched at Birth - ABC Family 
10/09 - The Voice - NBC
11/09 - Go On - NBC
          - The New Normal - nova série - NBC
          - Sons Of Anarchy - FX
12/09 - The X Factor - Fox
12/09 - Guys with Kids - nova série
13/09 - Glee - Fox
14/09 - Grimm -NBC
16/09 - Boardwalk Empire - HBO
17/09 - Revolution - nova série - NBC
          - The Mobb Doctor - nova série - NBC
          - Bones - FOX
20/09 - Parks and Recreation - NBC
          - The Office - NBC
          - Up All Night - NBC
23/09 - Treme - HBO
24/09 - How I Met Your Mother - CBS
          - 2 Broke Girls - CBS
          - Hawaii 5-O - CBS
          - Castle - ABC
          - Partners - nova série - CBS
          - Mike & Molly - CBS
25/09 - NCIS/ NCIS: LA - CBS
          - Vegas - nova série - CBS
          - New Girl - FOX
          - Ben & Kate - nova série - Fox
          - The Mindy Project - nova série - Fox
          - Private Practice - ABC
26/09 - Modern Family - ABC
          - The Middle - ABC
          - CSI - CBS
          - Criminal Minds - CBS
          - Law & Order: SVU - NBC
          - The Neighbors - nova série - ABC
          - Guys With Kids - nova série - NBC
          - Animal Practice - nova série
27/09 - The Big Bang Theory - CBS
          - Two and a Half Men - CBS
          - Persons of Interest - CBS
          - Grey's Anatomy - ABC
          - Elementary - nova série - CBS
          - Last Resort - nova série
28/09 - Fringe - Fox
          - CSY: NY - CBS
          - Blue Bloods - CBS
          - Made in Jersey
- nova série - CBS

30/09 - Dexter - Showtime
          - Homeland - Showtime
          - Once Upon a Time - ABC
          - 666 Park Avenue - ABC
          - The Mentalist - CBS
          - The Good Wife - CBS
          - Revenge - ABC
          - Family Guy - Fox
          - Os Simpsons - Fox
02/10 - Raising Hope - Fox
          - Hart of Dixie - CW
03/10 - Supernatural - CW
04/10 - 30 Rock - NBC
08/10 - Gossip Girl - CW
          - 90210 - CW
10/10 - Arrow - CW
          - Chicago Fire - NBC
11/10 - The Vampire Diaries - CW
          - Beauty and the Beast - CW
14/10 - The Walking Dead - AMC
17/10 - American Horror Story - FX
          - Suburgatory - CBS
19/10 - Community - NBC
          - Nikita - CW
26/10 - Touch - Fox

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dica Serinema: Sherlock

Após um tempo sem aparecer por aqui, a Dica Serinema volta nesta semana para falar sobre uma das melhores séries da atualidade, que vem fazendo sucesso e alegrando aos fãs do detetive mais famoso de todos os tempos.




























A série Sherlock, criada por Steven Moffat e Mark Gatiss, roteiristas da aclamada e também britânica série Doctor Who, traz a famosa história de Sherlock Holmes para a contemporaneidade, adaptando e modificando alguns dos contos criados por Sir Artur Conan Doyle, criador do personagem, em 1887.  Na Londres atual, mais precisamente na famosa rua Baker Street, Holmes e o seu conhecido companheiro John Watson trabalham como consultores detetives, ajudando cidadãos e até mesmo a Scotland Yard, polícia local, na resolução de alguns mistérios e crimes intrigantes. 


Apesar das grandes mudanças feitas em relação aos contos originais, com todo o acervo tecnológico dos dias de hoje (carros, computadores, celulares) que ajudam na investigação dos casos, muitas características da obra original foram conservadas, como o vilão Moriarty, o apartamento 221B em que vivem os personagens, e as próprias histórias, como o Cão dos Baskerville e O Problema Final, que sofreram algumas alterações em seus enredos e ganharam contornos mais modernos.  


O sucesso da série pode ser atribuído principalmente ao seu roteiro brilhante, profundo e imprevisível, que nos leva para dentro da mente de Holmes e nos mostra toda sua engenhosidade para desvendar desde pequenas particularidades até crimes hediondos. A edição e a trilha sonora também se sobressaem, mas o que chama a atenção de fato é a atuação da dupla protagonista. Pouco conhecidos por aqui, Benedict Cumberbatch (Sherlock) e Martin Freeman (Watson) estão excelentes em seus papéis, interpretando de forma extremamente eficaz e dando novos ares aos famosos personagens. O destaque é maior para Cumberbatch, que atua com maestria apresentando toda a sagacidade e inteligência de Sherlock Holmes. Vale lembrar ainda que, além de estarem juntos na série, a dupla de atores também estará presente em O Hobbit, com Freeman no papel do protagonista Bilbo Bolseiro, e Cumberbatch emprestando sua voz ao dragão Smaug.


A série vem sendo constantemente elogiada pelos fãs mais antigos do detetive, que andaram um pouco descontentes com as recentes adaptações cinematográficas do personagem, em 2009 e 2012. Segundo grande parte destes fãs, o programa vem mostrando um lado mais íntimo e inteligente de Sherlock, ao contrário do perfil extravagante e aventureiro apresentado nos cinemas.


O programa é transmitida pela BBC inglesa e já teve duas temporadas, ambas com três (sim, somente três) episódios de uma hora e meia de duração para cada. Pode parecer estranho para aqueles acostumados com os padrões americanos com dezenas de episódios por temporada, mas a pequena quantidade exibida evita o desgaste criativo dos roteiristas, e assim só aumenta a qualidade da série. Além disso, a longa duração de cada episódio em momento algum deixa a série arrastada ou entediante; pelo contrário, é muito bem aproveitada pelo ágil e surpreendente roteiro.



                        

Por fim, além das inúmeras qualidades da própria série, Sherlock também é interessante pelo simples motivo de ser uma série britânica, que foge de alguns exaustivos padrões, valores e até cenários americanos, visto que a série faz um belo tour por Londres. Vale a pena conferir.


Sherlock é exibida pelo canal pago BBC Brasil, que chegou há pouco tempo no Brasil e só está disponível para algumas emissoras.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

House [Series Finale] - 8x22 - Everybody Dies

Acabou. Após 176 episódios, 8 temporadas e muitos momentos inesquecíveis, é hora de dar adeus ao personagem e a série homônima que deixará saudades em seus inúmeros e eternos fãs. Para a alegria e alívio destes, House encerra sua trama de maneira íntima e coerente com tudo aquilo que apresentou em seus oito anos. Deixando um pouco de lado a forte carga de emoção gerada pelo câncer de Wilson, bastante presente nos últimos episódios, "Everybody Dies", como não poderia ser diferente, foca todas as atenções em seu protagonista.


Ao longo de todos estes anos, vimos House lutar contra a sua recorrente dor na perna, o seu sofrimento diário, que o mudou, tornando-o uma pessoa fria e ranzinza, e que o perseguiu durante todos os dias de sua vida. Não foram poucos os momentos em que assistimos ao médico quase sucumbir à dor, tomando atitudes drásticas e desesperadas, se drogando, operando a si mesmo na banheira de casa, quase morrendo, mas nunca desistindo. Dito isso, é compreensível a revolta do personagem diante da aceitação de Wilson com a morte, desistindo da tentativa de cura de seu câncer terminal. House sempre suportou a dor, por que o melhor amigo não poderia fazer o mesmo?

Como o próprio House também acabou percebendo, a pergunta acima não tem resposta. Cada um possui seus limites, seu nível de aceitação, sua dose de enfrentamentos durante a vida. Neste series finale, curiosamente, é a dose de House que chega ao fim: condenado à prisão e prestes a perder seu melhor amigo, o médico se entope de entorpecentes em uma casa em chamas, e entrega sua vida nas mãos do destino. Para tentar salvá-lo, personagens marcantes na vida do médico acabam por aparecer, representando seu inconsciente, lembrando-o de seus atos, sua escolhas e motivo dele ter chegado naquele lugar cada vez mais perigoso e não estar fazendo o mínimo esforço para sair. Apesar do ritmo lento, o episódio desenvolve de forma interessante e peculiar a forma como cada 'aparição' aborda o médico, reconstruindo seus passos e incentivando-o a sobreviver.

Claro que o médico não se entregou assim de mão beijada. Ao descobrir que teria de voltar para a cadeia e perder os últimos meses de vida de seu melhor amigo, no fim do episódio passado, House mais uma vez usa de suas manipulações para tentar escapar do xilindró. Primeiro, ao fazer o acordo com Foreman de adiar sua prisão, em troca de trabalho dobrado no hospital, que logo é desrespeitada pelo protagonista. Em seguida, pedindo ao próprio Wilson para levar a culpa pelo incidente no banheiro, visto que este não tinha antecedentes criminais e ter poucas chances de ir para a cadeia, devido ao câncer. O oncologista, por sua vez, (finalmente!) decide deixar de bancar a babá de House e não aceita ser o bode expiatório, declarando que o amigo precisa aprender de uma vez por todas que não há malandragens nem soluções para tudo.

Assim, House resolve desaparecer por uns dias e acaba na residência do drogado paciente desta última semana, onde ele encontra o Dr. Lawrence Kutner, suicida que tenta impedir o seu suícidio; a Dra. Amber Volaskis, ex-namorada morta de Wilson; Stacy Warner, ex de House, que o mostra como sua vida ainda pode ser boa; e a queridíssima Dra. Alisson Cameron. Dentre bem construídos e profundos diálogos, os 4 marcantes personagens tentam convencer House a sair do prédio em chamas, pois sua vida ainda vale a pena, mesmo sem Wilson. Além destes, temos também a aparição do psicólogo da 6ª temporada e de Dominika, esposa de House. Histórias a parte, foi muito bom rever tantos rostos conhecidos neste final, que nos fizeram recordar diversas etapas e temporadas da série, desde seu início, lá em 2004.

A suposta morte do médico com a explosão do prédio deve ter pegado muita gente de surpresa, ainda mais com a confirmação do corpo. Sabíamos que um final feliz era improvável, e talvez House realmente devesse pagar por tudo aquilo que cometeu nestes anos. Apesar disso, todos nós também sabíamos que House não seria capaz de deixar Wilson assim, sem ao menos dizer adeus após tudo o que enfrentaram juntos nesta reta final da série. A cena do velório é sensível bem aproveitada (e ainda teve a Thirteen!) e acrescentou bastante em termos de emoção ao episódio, mesmo sendo bem rápida.

Ao final, felizmente e, fazendo juz ao caráter de nosso conhecido protagonista, House prega em todo mundo a maior peça de todas: o médico forja a própria morte, consegue não acabar na cadeia, e de quebra fica livre para aproveitar os últimos 5 meses de vida de seu melhor amigo. E ainda vira um motoqueiro com ele! Não interessa o que acontecerá depois disso. Não há volta. House abandona a profissão em prol de uma verdadeira amizade, aquilo que o cativou e o fez seguir em frente durante toda sua vida. Ele é leal, e não pensa só em si mesmo. É a sua redenção. Um fim digno, coerente, e satisfatório.

Os cinco últimos minutos do episódio e de toda a série são dedicados aos seus memoráveis personagens, que também conseguiram brilhar mesmo ao lado de um protagonista tão grandioso. Chase, como o esperado, assume o merecido lugar de House; Cameron, muito mais madura do que nas primeiras temporadas, já é uma bem-sucedida mãe de família; enquanto Foreman segue como o diretor do Hospital. Esperei mais de Adams nesta temporada, que pouco se destacou e também não se envolveu com ninguém. Parks também irritou menos neste final, e Taub... continuou sendo Taub. Ainda assim, todos deixarão saudades.























Foram 8 longos e divertidos anos acompanhando a saga de um dos mais emblemáticos protagonistas da TV. Um protagonista problemático, auto-destrutivo e imprevisível, que nos emocionou e enraiveceu por tantas vezes, que nos fez refletir sobre os mais variados assuntos, que nos ensinou sobre tantas doenças e as suas infinidade de sintomas. Um homem que desafiou a tudo e a todos, que amou poucas pessoas, que salvou centenas de vidas e que também foi preso. Um homem egoísta e solitário, e um gênio da medicina: Gregory House, um ícone na história dos seriados.
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Observação 1: Episódio muito bem dirigido por Greg Yaytanes, que filmou o episódio utilizando uma câmera digital Canon 5D. Destaque para a o raccord (transição de um plano para o outro) na cena com Stacy e o traveling da cena final.

Observação 2: Também não me perguntem como House, após cair um andar, com um problema na perna, sem sua bengala, inalando fumaça, conseguiu sair do prédio em chamas em menos 5 segundos.

domingo, 20 de maio de 2012

Review: House - 8x21 - Holding On

"Obrigado, Dr. Wilson". Quando a oitava temporada de House começou, em setembro do ano passado, muitos já haviam desistido da série e outros só continuaram a assisti-la pois já pressupunham que esta realmente seria a sua temporada final. Pois bem, a temporada começou, avançou, pouca coisa aconteceu, muitos abandonaram de vez e o final foi confirmado. Tivemos alguns excelentes episódios lá para o meio da temporada, mas a série logo voltou a sua zona de conforto, com uma apatia irritante, que não criava nada para um final digno ou interessante, após 8 anos de boas histórias. Tudo indicava um fraco desfecho. E foi aí que Wilson apareceu.























A frase entre aspas ali de cima dita por uma das personagens também pode ser dita por mim ou por qualquer fã. Quando tudo apontava para uma despedida decepcionante, eis que surge a notícia do câncer de Wilson, a notícia que parece ter acordado a série, seus personagens e até os próprios roteiristas de que faltavam pouquíssimos episódios para o fim do programa. Desde seu surgimento, vimos ótimos cenas, com descargas emocionais gigantescas vindas de Wilson e até mesmo de House. E neste penúltimo episódio não foi diferente.

Logo que "Holding On" começa, recebemos a confirmação de que o câncer de Wilson realmente se agravou, e o tratamento caseiro realizado no episódio retrasado não adiantou em nada. Como Wilson já havia dito anteriormente, ele não quer sofrimento, palavras de conforto mentirosas nem passar meses de quimioterapia, mas paz e tranquilidade para aproveitar o pouco de vida que ainda lhe resta. A sua dose de "luta pela sobrevivência" já foi esgotada. Obviamente, para não perder seu melhor amigo tão cedo, House usa de todos os seus truques para convencê-lo a tentar se curar, seja drogando-o ou embebedando-o, ineficazmente. Enquanto isso no hospital, a notícia da impendente morte do oncologista já afeta a todos, inclusiva a Foreman, que tenta se tornar o novo "amigo" de House, e é logo sacaneado por este.

Acompanhado pela dor em sua perna durante todos os dias da sua vida, House não entende como o melhor amigo pode deixar de lutar. Como o médico ranzinza deixou bem claro na discussão com Taub, ele acorda com dor todos os dias, ele vive e experencia a dor todos os dias e nunca desistiu. Foi muito bom ver o desabafo do personagem, que em poucas falas consegue expor tudo o que está sentindo e o por quê de tomar certas atitudes ao longo do episódio. Wilson, por outro lado, só precisa de um amigo. De seu único amigo. Alguém para lhe dizer que sua vida valeu à pena, alguém presente que lhe diga que o ama. Que respeite sua decisão. Os diálogos entre os dois são significativos e muito bem construídos em todo o episódio. Como disse o próprio Wilson, a amizade entre os dois sempre foi focada em House e em suas necessidades. Pelo menos a morte de Wilson deve ser focada neste, desconsiderando o fato de que House precisa do amigo pelo maior tempo possível.

Talvez influenciado pela ausência de Chase, não gostei muito do caso desta semana. A equipe não esteve tão entrosada sem seu líder, e os próprios comentários sobre Wilson pouco acrescentaram à trama. Além disso, o paciente tinha lá sua história com o irmão morto e tudo, mas não me interessou nem um pouco descobrir o diagnóstico da sua doença quando tínhamos o melhor amigo de House morrendo ali do lado, como ele mesmo disse. Ao menos, o caso serviu para estabelecer uma relação entre os dois moribundos, quando o paciente, assim como Wilson, desiste de sua vida, tenta se matar, e logo depois é quase morto por House, ensandecido como não o víamos há muito tempo.

A volta de Thirteen fez muito bem aos olhos, mas também pouco acrescentou ao episódio: uma conversa com Wilson sobre a morte iminente, e outra com House. E só. Semana que vem tem Jennifer Morrison. Felizmente, quem cumpriu o papel de "bom aconselhador" da semana foi Foreman, com aquele belo discurso no final que leva Wilson a pensar se não vale a pena sacrificar-se por aqueles que amamos e que precisam de nós. House e Wilson estão sozinhos no mundo, e foi realmente emocionante assistir a aceitação de ambos no fim do episódio, que resulta na entrega de Wilson aos cinco meses de vida que lhe restam, sem tratamento, sem quimio, somente acompanhado do melhor amigo.

E aí, quando tudo parecia estar se acertando, deu ruim. Pegando de surpresa a todos que achavam que mais uma das brincadeiras de House não resultaria em nada, eis que ele é acusado de vandalismo por ter jogado os convites de Foreman na descarga, o que causou um alagamento no hospital e fez sua condicional ser afetada. Agora, House precisa cumprir mais 6 meses de cadeia, quase a mesma quantidade de tempo de vida que resta a Wilson. Um ótimo cliffhanger que deixou todos ainda mais ansiosos para o series finale da semana que vem. E um final feliz me parece bastante improvável.

Falta um. Só mais um.

domingo, 13 de maio de 2012

Renovações e Cancelamentos das Séries - 2012

O mês de maio pode ser considerado o mais marcante do ano para aqueles que gostam de assistir e acompanhar diversos seriados. Além de ser a época em que a maioria das temporadas atingem seu clímax e são encerradas, é também o período em que as principais emissoras  estadunidenses (ABC, CBS, NBC, FOX e CW) anunciam seus planos para os próximos meses, renovando e cancelando programas. É um momento tenso e ao mesmo tempo divertido, no qual a expectativa dos fãs é imensa e grandes campanhas virtuais são criadas a favor da renovação de alguma série.




Continuando a tradição, o mês de maio deste ano vem repleto de renovações e cancelamentos bombásticos, com destaque para o fracasso de Alcatraz e a salvação de Fringe. Fique por dentro das novidades de cada emissora abaixo:


CBS: A emissora é talvez a mais estável dos EUA, com muitas renovações e poucos cancelamentos, e provavelmente por isso anunciou suas séries já no início de março, bem antes dos outros canais. Mike and Molly, Hawaii Five-0, The Mentalist, NCIS, NCIS: LA, 2 Broke Girls, Blue Bloods, Persons of Interest, CSI, CSI: NY Criminal Minds foram renovadas, além das veteranas How I Met Your Mother e The Big Bang Theory, que já estão garantidas até a oitava temporada. O grande mistério do canal era o destino de Two and a Half Men, que também acabou sendo renovada para o seu provável ano de despedida. Os cancelamentos ficaram por conta de A Gifted Man, Rob, Unforgettable, CSI: MIAMI e NYC 22.


FOX: Aqui a coisa ficou feia. Já não bastasse o cancelamento de House, uma das maiores séries da história do canal, a estreante Alcatraz, criada por JJ Abrams, sobre uma ilha misteriosa (te lembra algo?), fracassou em crítica e público e foi cancelada após somente 13 episódios. Além destas, a decepcionante Terra Nova, junto com I Hate My Teenage Daughter, Breaking In e The Finder também se despedem da TV. Por enquanto, as renovações mais importantes ficaram por conta de Glee, Bones, da boa New Girl, da assístivel Touch, estrelada por Kiether Sutherland, o eterno Jack Bauer, e da ótima Fringe, renovada para sua última temporada.


NBC: A emissora mais injustiçada dos Estados Unidos, na minha opinião, com ótimas série e audiências medíocres, também vem cheia de novidades. Uma das melhores estreias do ano, Smash, já foi renovada, mas só volta ano que vem; 30 Rock, aclamada sitcom, foi renovada para sua última temporada; e Community, a melhor comédia da atualidade, também voltará, mas com número de episódios reduzidos. Grimm, The Voice, Parks and Recreation, Parenthood, Up All Night, The Office e Law and Order: SVU ganharam novas temporadas, enquanto Are You There, Chelsea ?, The Firm, AwakeHarry's Law e a divertidíssima Chuck foram canceladas.


ABC: Sem grande mudanças, a emissora ainda tem algumas séries pendentes, mas renovou grande parte delas: Grey's Anatomy, RevengeModern FamilyThe MiddleSuburgatoryHappy EndingsOnce Upon a Time, Castle, Body of Proof, Private Practice e Scandal. Por outro lado, as novatas Pan AmThe River e Missing deram adeus. Cougar Town, com Courteney Cox, de Friends, também foi cancelada pela ABC, mas salva pela TBS, uma outra emissora americana que prosseguirá com a série.


CW: O canal mais voltado para o público adolescente cancelou The Secret Circle e Ringer pelo fraco índice de audiência das duas, mesmo com o baixo padrão da emissora. Já Supernatural, Hart of Dixie, The Vampire Diaries, 90210, Nikita e Gossip Girl foram renovadas, esta última para a temporada de despedida.


Como já foi dito no primeiro post deste blog, é interessante analisar a grande diferença entre as redes de TV americana e brasileira, já que lá as variadas séries competem diariamente por um ponto de audiência, enquanto aqui assistimos novelas e novelas com pouca concorrência e temas sempre parecidos. A explicação para isso encontra-se no ínicio da era da televisão, quando as emissoras estadunidenses basearam suas programações no forte e ascendente cinema americano da época, enquanto as nacionais procuraram seguir o mesmo modelo do rádio, que já transmitia muitas novelas. Por isso, até hoje, elas são preferência nacional.


E você, prefere séries ou novelas? E quanto a sua série favorita, foi renovada? A partir deste mês, as principais séries entram em recesso e voltam somente na Fall Season 2012, ao fim de setembro. Até lá!

domingo, 6 de maio de 2012

Review: House - 8x17/18 - We Need The Eggs/Body and Soul

O review dessa semana vem junto com o da semana passada devido à falta de tempo deste que vos escreve, e também porque quase nada de muito diferente aconteceu nestes dois últimos episódios. Pois é, quase nada. Aos 45 do segundo tempo, faltando somente quatro (QUATRO!) semanas para o fim da série, parece que finalmente conhecemos o grande assunto desta reta final, aquilo vai nos fazer sentir ainda mais falta de House.






















(spoilers abaixo)

''We Need The Eggs'' apresentou um caso da semana divertido, em que o paciente, rejeitado pela amada de carne e osso, acaba apaixonando-se pela sua cópia feita de plástico, uma boneca. Foi interessante a forma como House não tratou isto como um sintoma, mas como algo comum entre as pessoas: ''Todos nós temos uma boneca''. O relacionamento entre Chase e Parks adquire um contorno divertido, e as conversas entre House e sua equipe são mais uma vez muito bem construídas e desenvolvidas.

Enquanto isso, a relação entre House e Dominika aparenta avançar, com House assumindo para si próprio, e para o público, que ele de fato sente algo especial por sua esposa. Claro que, para isso acontecer, ele precisa fazer algo errado que possa desmoronar tudo mais tarde, como veremos mais abaixo. No caso, esconder a concessão do Green Card da ex-prostituta para continuar vivendo com ela.

Já em ''Body and Soul", temos provavelmente o melhor caso da semana desta temporada. A série aborda com inteligência o duelo religião x ciência quando um menino, aparentemente amaldiçoado, começa a apresentar problemas de respiração. A solução do caso, quando o menino ingere um remédio para dor de cabeça, ao mesmo tempo em que seu avô realiza um ritual dentro do hospital, é meticulosamente bem desenvolvido, e os próprios diálogos entre os personagens deixam em aberto a eterna discussão entre a fé e a medicina.

Infelizmente, ao contrário do episódio anterior, o lado 'humano' da série não funciona muito bem, principalmente quando se trata de Chase e Parks. Os roteiristas parecem estar forçando um pouco a barra com o relacionamento dos dois, e devo admitir que assistir a aquele sonho de Chase foi bem constrangedor. Além disso, como foi dito anteriormente, a atitude tomada por House para continuar com sua esposa apresentou as consequências. Quando as coisas finalmente começavam a tomar um rumo na relação entre os dois, eis que Dominika descobre que House vinha escondendo o jogo dela, e vai embora, provavelmente se despedindo da série.

Ambos os episódios foram, assim como grande parte da temporada, na média. A série ainda é boa em construir diálogos e explorar a relação entre seus personagens, mas a apatia em criar algo realmente importante para o fim da série já vinha incomodando há muito tempo. Vimos Chase ficar paralítico, torcemos por mudanças, mas logo tudo voltou ao normal novamente. E foi assim que, pegando à todos de surpresa, já mais uma vez desanimados com um episódio mediano, recebemos a pior e a melhor das notícias: Wilson tem câncer. O personagem andava sumido, de lado, talvez até propositalmente. A doença foi repentina, e me pareceu um pouco forçada, mas agora finalmente algo vai acontecer, como pode-se ver já no trailer do próximo episódio. Agora vai!



domingo, 29 de abril de 2012

Crítica: Os Vingadores

Maior lançamento da história da Disney em território brasileiro, Os Vingadores estreou na última sexta-feira lotando as salas de cinema e enchendo os cofres hollywoodianos. O filme, que só estreia nos Estados Unidos no dia 4 de maio, era um dos mais esperados blockbusters deste ano, e vinha gerando grande expectativa desde que o primeiro Homem de Ferro foi lançado em 2008. Para a felicidade de todos, quando muita coisa podia ter dado errado, o resultado é excelente. 






















Digo que muita coisa poderia sair errado pelo grande número de estrelas que o filme tinha em seu elenco, pelo diretor com pouca experiência no cinema e pela possível premissa de muita pancadaria e pouca história ao longo das mais de 2h de filme. Surpreendentemente, nenhum dos prováveis problemas acima se concretiza, e o que vemos são ótimas atuações, uma direção melhor ainda e também uma boa trama. Nela, um grupo de super heróis é convocado pela "agência de paz" SHIELD para livrar a Terra da destruição proposta por Loki, o irmão "adotado" de Thor.


Os Vingadores é, sem dúvidas, um dos melhores filmes sobre super-heróis já produzido, talvez perdendo somente para Batman - O Cavaleiro das Trevas. É certo também que grande parte deste mérito deve-se ao pouco experiente diretor Joss Whedon, que soube trabalhar todos os  difíceis personagens corretamente e conduziu a narrativa de forma brilhante. Nick Fury, Thor, Homem de Ferro, Capitão América, Hulk, a Viúva Negra e até mesmo o Gavião Arqueiro tem o seu momento de destaque no filme, todos com suas motivações, preocupações e poderes especiais. Nenhum herói é ofuscado pelo outro. Além disso, mesmo lutando contra um inimigo em comum, as desavenças entre eles são constantes ao longo do filme, como era de se esperar com tanta gente poderosa junta: "Não somos um time, somos uma bomba-relógio", disse Bruce Banner, o Hulk. O grande elenco também dá conta do recado, com destaque para o sempre carismático Robert Downey Jr. (Homem de Ferro); Mark Ruffalo, o novo Hulk; e o vilão Loki (Tom Hiddleston), talvez o melhor em cena.


Como não poderia ser diferente, as cenas de ação e os efeitos especias são impressionantes do início ao fim. Os uniformes, as armas e a cenas de luta são bem detalhadas, e nada é exagerado ou confuso (aprendeu, Transformers?). Destaque para os últimos 30 minutos de filme, quando vemos Nova York sendo completamente destruída pelo exército de Loki (repare na tomada sem cortes que mostra todos os heróis em diferentes lugares da cidade, é de fazer chorar). Além disso tudo, o filme ainda reserva um grande lugar para o humor, sempre presentes nas brigas entre os super poderosos e até mesmo no meio das batalhas, principalmente com o monstro verde.


O ponto mais fraco do longa é o 3D, que pouco acrescenta ao visual do filme, mas que também não chega a ser ruim. Fora isso, Os Vingadores é um filme para todos os gostos, com uma história coerente, cenas de ação sensacionais e até vários momentos engraçados, com certeza um marco na história dos filmes de super heróis. A Marvel Studios, que não detém os diretos de produção das franquias X-Men e Homem Aranha, acertou em cheio na construção da narrativa em todos os filmes dos personagens principais, superando-se em Os Vingadores. Que venha a continuação.

Ah, e se eu fosse vocês ficava no cinema até a metade dos créditos !

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Review: House - 8x16 - Get Check

Cada vez mais próximo de seu fim, House apresenta novamente um episódio mediano, sem novidades, surpresas ou qualquer acontecimento que indique um rumo para o (grande?) series finale da série. É um pouco angustiante perceber que a série nem se esforça em desenvolver algum arco interessante, somente continuando a atuar em sua já ultrapassada zona de conforto, em que vemos quase sempre a mesma coisa. 























(spoilers abaixo)

Em ''Get Check'', mais uma vez assistimos ao nosso médico brincalhão utilizando de suas artimanhas e jogos mentais para enganar seus companheiros de trabalho. Ao notar uma preocupação de Wilson com o futuro de sua vida e fato deste último não ter filhos, House inventa uma ligação de 11 anos atrás, em que uma ex-namorada de Wilson avisa que está grávida, e afirma que decidiu esconder a notícia de seu melhor amigo. Após a descoberta, Wilson conhece seu filho e ambos logo se aproximam intimamente. O resultado disso tudo pode até ter surpreendido alguns, mas aqueles que acompanham a série ao longo destes 8 anos certamente suspeitaram ou sacaram rapidamente o que estava acontecendo. O garoto era um ator. House o contratou somente para pregar uma peça em Wilson e ensina-lo sobre as dificuldades de ser pai. Fim. Seria bem interessante assistir a isso tudo lá pela segunda ou terceira temporada, no auge da série, quando só nos surpreendíamos. Agora, na reta final do programa, o efeito já não é mesmo, nem de perto.


Para piorar, ao contrário do último paciente, nem o caso da semana ajudou muito. Todavia, apesar já ser um plot batido e ter acrescentado pouca coisa ao episódio, o caso do moribundo jogador de hóquei porradeiro foi eficiente em explorar a personalidade de Taub. O personagem vem sendo bastante trabalhado nesta temporada, e surpreendentemente não tem irritado muito, se comparado às temporadas anteriores. Talvez por não mostrarem muito sua vida fora do hospital, os roteiristas vem desenvolvendo-o de forma interessante acertando nesse ponto.


A relação entre Chase e Park também vem gerando alguns bons frutos, principalmente com a forçada tensão sexual que House vem provocando em ambos os personagens. Suas participações e interações neste episódio, em que Park se muda com sua avó para o apartamento de Chase foram boas para mostrar um amadurecimento da (cada vez menos chata) asiática e por ter lembrado um pouco o nosso médico galã do que é ter uma família.


O episódio em si não pode ser considerado ruim, o maior problema é a quebra de expectativa que certamente as maiores dos fãs estão sentindo semana a semana. Por já termos visto tantos ótimos finais de temporadas, com reviravoltas completamente inesperadas, fica aquele gostinho de 'esperava mais'. Felizmente, nem tudo está perdido e ainda faltam alguns poucos episódios. Continuemos esperando.


 Obs: ainda aposto em um relacionamento romântico entre Chase e Adams. 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dica Serinema: How I Met Your Mother

A Dica Serinema desta semana fala sobre uma das comédias mais queridas da TV atualmente. Mesmo desconhecida por grande parte do público brasileiro, pelo fato de nunca ter sido exibida em um grande canal por aqui, How I Met Your Mother ganha cada vez mais fãs no mundo inteiro em plena sétima temporada. Portanto, se você ainda não conhece a história de como Ted Mosby conheceu a mãe de seus filhos, continue a leitura abaixo.






















How I Met Your Mother é uma sitcom exibida pelo canal aberto CBS, criada em 2005. Com uma estrutura narrativa diferente da maioria das comédias americanas, a série é narrada pelo personagem Ted Mosby no ano de 2030, quando ele resolve contar para seus filhos a história de como conheceu a mãe deles (por isso o título how i met your mother). Em forma de flashback, acompanhamos a cada episódio situações engraçadas e momentos marcantes na vida do protagonista, relacionados ou não ao encontro com a mother.


A trama gira em torno de Ted (Josh Radnor) e seus grandes amigos Barney Stinson (Neil Patrick Harris), Robin Scherbatski (Colbie Smulders), e o casal Marshal Erikssen (Jason Segel) e Lilly Aldren (Alyson Hannigan). Ted é um arquiteto que procura pelo amor de sua vida; Robin é uma jornalista canadense insensível; Barney é o maior pegador da história das séries (sim, maior que o Charlie de Two and a Half Men) e Marshal e Lilly são o casal perfeito. Ao longo das 7 temporadas exibidas até aqui, a sincera e cômica amizade envolvendo todos os personagens, auxiliada pelo ótimo entrosamentos entre os atores, sem dúvidas foi e continua sendo um dos grande méritos do programa. Por conta disso, HIMYM diverte, emociona e conquista seu público, sendo quase impossível não lembrar de outra série de comédia que marcou pela intensa amizade entre os personagens: a inesquecível Friends.


Outros dos grandes acertos de HIMYM são os recursos utilizados pelos roteiristas e criadores, Carter Bays e Craig Thomas, para desenvolver a peculiar narração da série. Ao contar suas aventuras para os filhos, o Ted do futuro acaba julgando suas ações passadas, alterando algumas histórias e exagerando fatos, ou seja, inserindo seus próprios pensamentos e emoções no discurso. Por meio de relatos e depoimentos, conhecemos melhor o íntimo de cada personagem e a opinião que o protagonista tem sobre ele, o que gera boas risadas e uma maior aproximação com as histórias.


Além disso, é impossível comentar How I Met Your Mother sem falar sobre o ator Neil Patrick Harris,  intérprete de Barney Stinson (foto). Mesmo com um papel coadjuvante, Neil com certeza é um dos grandes responsáveis pelo sucesso do programa, apresentando um timing cômico perfeito, um carisma gigantesco e atuações excelentes. Com suas cantadas genias e bordões inesquecíveis (WAIT FOR IT!), seu personagem já levou alguns episódios nas costas (assista ao vídeo no fim da página) e HIMYM provavelmente não seria tão bem-sucedida sem ele. É interessante ressaltar ainda que, contrastando com a fama de garanhão, solteiro e pegador de Barney, o ator NPH é gay, casado com um homem, e tem dois filhos na vida real.


Atualmente, How I Met Your Mother encontra-se na reta final de sua sétima temporada, e sua oitava também já está confirmada. Apesar de o ritmo da série não ser o mesmo dos primeiros anos, a temporada atual vem se mostrado ótima e com uma sólida audiência, o que provavelmente garantirá mais alguns anos de vida para a sitcom. Com a identidade da mãe ainda não revelada, resta ao fãs continuar aproveitando a maravilhosa saga de Ted Mosby em busca de seu grande amor.  E você, tá esperando o que pra ver HIMYM ?



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Review: House - 8x15 - Blowing The Whistle

A partir de agora, o Blog Serinema postará as reviews do últimos episódios da oitava temporada de House, que cada vez mais aproxima-se de seu fim. Com seu series finale agendado para o dia 21 de maio de 2012, é bom ficar de olho na trajetória final desta marcante série médica.










   
(spoilers abaixo)
                                                                                                                                                   

Faltando menos de dois meses para o aguardado series finale de House, é normal que a maioria dos fãs fique na expectativa para que algo mude ou que a série tome logo um rumo para o seu final. Dito isso, é um pouco preocupante que Blowing The Whistle tenha sido apenas bom. Um bom episódio, com um bom caso, uma boa história e boas atuações. Mas só. Nada que acrescente algo significante para a trama central da temporada, se é que temos alguma.


No caso da semana, o militar Brant é preso, acusado de traição, por vazar o vídeo de um massacre civil cometido pelo exército estadunidense. Após passar mal, ele é levado ao hospital acompanhado pelos militares, que o levarão para a cadeia assim que se recuperar, e pelo seu irmão, também militar, que desaprova sua atitude. Enquanto Brant vê como uma questão de honra divulgar o vídeo para o mundo, seu irmão vê como honra não o fazer, poupando o país das possíveis consequências.


Enquanto isso, ao mesmo tempo em que tenta diagnosticar o problema com Brant, a equipe de House mais uma vez se vê enganada pelos jogos mentais do médico rabugento. Quando Adams repara em estranhos sintomas apresentados por ele, como a mão trêmula, esquecimentos e até uma derrota no videogame para Taub, a equipe, logo acompanhada por Wilson, começa a acreditar em uma possível ''Encefalopatia hepática''. A situação gerada é interessante, pois todos os personagens são trabalhados com competência e na dose correta, cada um abordando House sobre a suposta doença de uma forma diferente. Chase, por conhecer e trabalhar com o protagonista há muito mais tempo que os demais, acaba descobrindo as suas reais intenções após todo o circo armado.


No mais, o caso da semana foi bem desenvolvido, com uma história bem construída e desenvolvida. As excentricidades de House, assim como seus constantes surtos geniais, em que ele descobre a doença do paciente, também estiveram presentes, além de bons momentos cômicos. Não fosse esta a reta final da série, o episódio provavelmente seria mais bem recebido pelos fãs. Não sendo o caso, apreciamos o bom e velho House e continuamos na espera por novidades.