domingo, 29 de abril de 2012

Crítica: Os Vingadores

Maior lançamento da história da Disney em território brasileiro, Os Vingadores estreou na última sexta-feira lotando as salas de cinema e enchendo os cofres hollywoodianos. O filme, que só estreia nos Estados Unidos no dia 4 de maio, era um dos mais esperados blockbusters deste ano, e vinha gerando grande expectativa desde que o primeiro Homem de Ferro foi lançado em 2008. Para a felicidade de todos, quando muita coisa podia ter dado errado, o resultado é excelente. 






















Digo que muita coisa poderia sair errado pelo grande número de estrelas que o filme tinha em seu elenco, pelo diretor com pouca experiência no cinema e pela possível premissa de muita pancadaria e pouca história ao longo das mais de 2h de filme. Surpreendentemente, nenhum dos prováveis problemas acima se concretiza, e o que vemos são ótimas atuações, uma direção melhor ainda e também uma boa trama. Nela, um grupo de super heróis é convocado pela "agência de paz" SHIELD para livrar a Terra da destruição proposta por Loki, o irmão "adotado" de Thor.


Os Vingadores é, sem dúvidas, um dos melhores filmes sobre super-heróis já produzido, talvez perdendo somente para Batman - O Cavaleiro das Trevas. É certo também que grande parte deste mérito deve-se ao pouco experiente diretor Joss Whedon, que soube trabalhar todos os  difíceis personagens corretamente e conduziu a narrativa de forma brilhante. Nick Fury, Thor, Homem de Ferro, Capitão América, Hulk, a Viúva Negra e até mesmo o Gavião Arqueiro tem o seu momento de destaque no filme, todos com suas motivações, preocupações e poderes especiais. Nenhum herói é ofuscado pelo outro. Além disso, mesmo lutando contra um inimigo em comum, as desavenças entre eles são constantes ao longo do filme, como era de se esperar com tanta gente poderosa junta: "Não somos um time, somos uma bomba-relógio", disse Bruce Banner, o Hulk. O grande elenco também dá conta do recado, com destaque para o sempre carismático Robert Downey Jr. (Homem de Ferro); Mark Ruffalo, o novo Hulk; e o vilão Loki (Tom Hiddleston), talvez o melhor em cena.


Como não poderia ser diferente, as cenas de ação e os efeitos especias são impressionantes do início ao fim. Os uniformes, as armas e a cenas de luta são bem detalhadas, e nada é exagerado ou confuso (aprendeu, Transformers?). Destaque para os últimos 30 minutos de filme, quando vemos Nova York sendo completamente destruída pelo exército de Loki (repare na tomada sem cortes que mostra todos os heróis em diferentes lugares da cidade, é de fazer chorar). Além disso tudo, o filme ainda reserva um grande lugar para o humor, sempre presentes nas brigas entre os super poderosos e até mesmo no meio das batalhas, principalmente com o monstro verde.


O ponto mais fraco do longa é o 3D, que pouco acrescenta ao visual do filme, mas que também não chega a ser ruim. Fora isso, Os Vingadores é um filme para todos os gostos, com uma história coerente, cenas de ação sensacionais e até vários momentos engraçados, com certeza um marco na história dos filmes de super heróis. A Marvel Studios, que não detém os diretos de produção das franquias X-Men e Homem Aranha, acertou em cheio na construção da narrativa em todos os filmes dos personagens principais, superando-se em Os Vingadores. Que venha a continuação.

Ah, e se eu fosse vocês ficava no cinema até a metade dos créditos !

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Review: House - 8x16 - Get Check

Cada vez mais próximo de seu fim, House apresenta novamente um episódio mediano, sem novidades, surpresas ou qualquer acontecimento que indique um rumo para o (grande?) series finale da série. É um pouco angustiante perceber que a série nem se esforça em desenvolver algum arco interessante, somente continuando a atuar em sua já ultrapassada zona de conforto, em que vemos quase sempre a mesma coisa. 























(spoilers abaixo)

Em ''Get Check'', mais uma vez assistimos ao nosso médico brincalhão utilizando de suas artimanhas e jogos mentais para enganar seus companheiros de trabalho. Ao notar uma preocupação de Wilson com o futuro de sua vida e fato deste último não ter filhos, House inventa uma ligação de 11 anos atrás, em que uma ex-namorada de Wilson avisa que está grávida, e afirma que decidiu esconder a notícia de seu melhor amigo. Após a descoberta, Wilson conhece seu filho e ambos logo se aproximam intimamente. O resultado disso tudo pode até ter surpreendido alguns, mas aqueles que acompanham a série ao longo destes 8 anos certamente suspeitaram ou sacaram rapidamente o que estava acontecendo. O garoto era um ator. House o contratou somente para pregar uma peça em Wilson e ensina-lo sobre as dificuldades de ser pai. Fim. Seria bem interessante assistir a isso tudo lá pela segunda ou terceira temporada, no auge da série, quando só nos surpreendíamos. Agora, na reta final do programa, o efeito já não é mesmo, nem de perto.


Para piorar, ao contrário do último paciente, nem o caso da semana ajudou muito. Todavia, apesar já ser um plot batido e ter acrescentado pouca coisa ao episódio, o caso do moribundo jogador de hóquei porradeiro foi eficiente em explorar a personalidade de Taub. O personagem vem sendo bastante trabalhado nesta temporada, e surpreendentemente não tem irritado muito, se comparado às temporadas anteriores. Talvez por não mostrarem muito sua vida fora do hospital, os roteiristas vem desenvolvendo-o de forma interessante acertando nesse ponto.


A relação entre Chase e Park também vem gerando alguns bons frutos, principalmente com a forçada tensão sexual que House vem provocando em ambos os personagens. Suas participações e interações neste episódio, em que Park se muda com sua avó para o apartamento de Chase foram boas para mostrar um amadurecimento da (cada vez menos chata) asiática e por ter lembrado um pouco o nosso médico galã do que é ter uma família.


O episódio em si não pode ser considerado ruim, o maior problema é a quebra de expectativa que certamente as maiores dos fãs estão sentindo semana a semana. Por já termos visto tantos ótimos finais de temporadas, com reviravoltas completamente inesperadas, fica aquele gostinho de 'esperava mais'. Felizmente, nem tudo está perdido e ainda faltam alguns poucos episódios. Continuemos esperando.


 Obs: ainda aposto em um relacionamento romântico entre Chase e Adams. 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dica Serinema: How I Met Your Mother

A Dica Serinema desta semana fala sobre uma das comédias mais queridas da TV atualmente. Mesmo desconhecida por grande parte do público brasileiro, pelo fato de nunca ter sido exibida em um grande canal por aqui, How I Met Your Mother ganha cada vez mais fãs no mundo inteiro em plena sétima temporada. Portanto, se você ainda não conhece a história de como Ted Mosby conheceu a mãe de seus filhos, continue a leitura abaixo.






















How I Met Your Mother é uma sitcom exibida pelo canal aberto CBS, criada em 2005. Com uma estrutura narrativa diferente da maioria das comédias americanas, a série é narrada pelo personagem Ted Mosby no ano de 2030, quando ele resolve contar para seus filhos a história de como conheceu a mãe deles (por isso o título how i met your mother). Em forma de flashback, acompanhamos a cada episódio situações engraçadas e momentos marcantes na vida do protagonista, relacionados ou não ao encontro com a mother.


A trama gira em torno de Ted (Josh Radnor) e seus grandes amigos Barney Stinson (Neil Patrick Harris), Robin Scherbatski (Colbie Smulders), e o casal Marshal Erikssen (Jason Segel) e Lilly Aldren (Alyson Hannigan). Ted é um arquiteto que procura pelo amor de sua vida; Robin é uma jornalista canadense insensível; Barney é o maior pegador da história das séries (sim, maior que o Charlie de Two and a Half Men) e Marshal e Lilly são o casal perfeito. Ao longo das 7 temporadas exibidas até aqui, a sincera e cômica amizade envolvendo todos os personagens, auxiliada pelo ótimo entrosamentos entre os atores, sem dúvidas foi e continua sendo um dos grande méritos do programa. Por conta disso, HIMYM diverte, emociona e conquista seu público, sendo quase impossível não lembrar de outra série de comédia que marcou pela intensa amizade entre os personagens: a inesquecível Friends.


Outros dos grandes acertos de HIMYM são os recursos utilizados pelos roteiristas e criadores, Carter Bays e Craig Thomas, para desenvolver a peculiar narração da série. Ao contar suas aventuras para os filhos, o Ted do futuro acaba julgando suas ações passadas, alterando algumas histórias e exagerando fatos, ou seja, inserindo seus próprios pensamentos e emoções no discurso. Por meio de relatos e depoimentos, conhecemos melhor o íntimo de cada personagem e a opinião que o protagonista tem sobre ele, o que gera boas risadas e uma maior aproximação com as histórias.


Além disso, é impossível comentar How I Met Your Mother sem falar sobre o ator Neil Patrick Harris,  intérprete de Barney Stinson (foto). Mesmo com um papel coadjuvante, Neil com certeza é um dos grandes responsáveis pelo sucesso do programa, apresentando um timing cômico perfeito, um carisma gigantesco e atuações excelentes. Com suas cantadas genias e bordões inesquecíveis (WAIT FOR IT!), seu personagem já levou alguns episódios nas costas (assista ao vídeo no fim da página) e HIMYM provavelmente não seria tão bem-sucedida sem ele. É interessante ressaltar ainda que, contrastando com a fama de garanhão, solteiro e pegador de Barney, o ator NPH é gay, casado com um homem, e tem dois filhos na vida real.


Atualmente, How I Met Your Mother encontra-se na reta final de sua sétima temporada, e sua oitava também já está confirmada. Apesar de o ritmo da série não ser o mesmo dos primeiros anos, a temporada atual vem se mostrado ótima e com uma sólida audiência, o que provavelmente garantirá mais alguns anos de vida para a sitcom. Com a identidade da mãe ainda não revelada, resta ao fãs continuar aproveitando a maravilhosa saga de Ted Mosby em busca de seu grande amor.  E você, tá esperando o que pra ver HIMYM ?



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Review: House - 8x15 - Blowing The Whistle

A partir de agora, o Blog Serinema postará as reviews do últimos episódios da oitava temporada de House, que cada vez mais aproxima-se de seu fim. Com seu series finale agendado para o dia 21 de maio de 2012, é bom ficar de olho na trajetória final desta marcante série médica.










   
(spoilers abaixo)
                                                                                                                                                   

Faltando menos de dois meses para o aguardado series finale de House, é normal que a maioria dos fãs fique na expectativa para que algo mude ou que a série tome logo um rumo para o seu final. Dito isso, é um pouco preocupante que Blowing The Whistle tenha sido apenas bom. Um bom episódio, com um bom caso, uma boa história e boas atuações. Mas só. Nada que acrescente algo significante para a trama central da temporada, se é que temos alguma.


No caso da semana, o militar Brant é preso, acusado de traição, por vazar o vídeo de um massacre civil cometido pelo exército estadunidense. Após passar mal, ele é levado ao hospital acompanhado pelos militares, que o levarão para a cadeia assim que se recuperar, e pelo seu irmão, também militar, que desaprova sua atitude. Enquanto Brant vê como uma questão de honra divulgar o vídeo para o mundo, seu irmão vê como honra não o fazer, poupando o país das possíveis consequências.


Enquanto isso, ao mesmo tempo em que tenta diagnosticar o problema com Brant, a equipe de House mais uma vez se vê enganada pelos jogos mentais do médico rabugento. Quando Adams repara em estranhos sintomas apresentados por ele, como a mão trêmula, esquecimentos e até uma derrota no videogame para Taub, a equipe, logo acompanhada por Wilson, começa a acreditar em uma possível ''Encefalopatia hepática''. A situação gerada é interessante, pois todos os personagens são trabalhados com competência e na dose correta, cada um abordando House sobre a suposta doença de uma forma diferente. Chase, por conhecer e trabalhar com o protagonista há muito mais tempo que os demais, acaba descobrindo as suas reais intenções após todo o circo armado.


No mais, o caso da semana foi bem desenvolvido, com uma história bem construída e desenvolvida. As excentricidades de House, assim como seus constantes surtos geniais, em que ele descobre a doença do paciente, também estiveram presentes, além de bons momentos cômicos. Não fosse esta a reta final da série, o episódio provavelmente seria mais bem recebido pelos fãs. Não sendo o caso, apreciamos o bom e velho House e continuamos na espera por novidades.